quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A queda da Madonna. A literal e a figurada.


Estive a ver este vídeo da queda da Madonna ontem, em plena atuação nos BRIT AWARD. 

Claro que, parvinha como sou, ri-me. É mais forte que eu. Não consigo deixar de rir quando alguém cai. Ainda quando é filmado não é mau de todo que ninguém está a ver. Mas e quando é ao meu lado? E é tão inconveniente que eu sei, porque sei, que se algum dia alguém cai num funeral, eu vou ser aquela que dá uma sonora gargalhada. Acho que até já sonhei com isso...

Mas então a Sr.ª D.ª Madonna caiu, o que nunca tinha acontecido em milhares de anos de carreira. Sim, porque é facto sobejamente conhecido que, na sua primeira atuação, o backup eram dinossauros de tutu.Mas todos esculturais!

E isso levou-me a pensar neste modelito que a rainha da POP levou aos Grammys este ano 


no famoso rabo ao léu e como o mundo desabou em crítica. 

Ai, que já não é para a idade dela, que é uma velha gaiteira, que não tem classe nenhuma, que é uma tentativa desesperada de parecer jovem, que está descaída e outras tantas pérolas de sabedoria.

Mas Madonna não é conhecida por ter classe, mas por ser irreverente, quebrar barreiras. E ao contrário do que se parecia prever, Madonna também envelhece.

Mas e então, deve passar a vestir fato de calças com sapatos ortopédicos? 

Percebo que a maior parte das pessoas, à medida que envelhecem, vão mudando o estilo, o gosto e aquilo com que se sentem à vontade. Aliás, não me via  novamente com cabelo azul e piercings. Não porque não ficasse bem, mas porque já não me apetece. Simplesmente.

Mas há pessoas que não são assim, cuja criatividade e necessidade de sair da norma lhes está entranhado e não morre com o passar dos anos, só porque eles passam.

Conseguem imaginar uma Patricia Fields ou uma Vivianne Westwood de vestido preto com pérolas? Se fizessem estavam descaracterizadas, acabadas, velhas. 

Será que estas mulheres só têm duas opções: ou "disfarçam-se" ou enclausuram-se em casa com um "I want to be alone" à Garbo? Não, permanecem fiéis a si próprias.

E assim é a Madonna. Já se esperava.

E as mesmas pessoas que a atacam são provavelmente as que vão para o facebook vomitar aqueles lugares-comuns que me arrepiam os (muitos) pêlos na nuca como: "a idade é um estado de espírito".

E são as mesmas que davam a unha do dedo mindinho para ter aquele rabo.

Beijo da Patinha *   








quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Das arrumações ou crónicas de uma neurótica






Ando completamente em modo neurose. 

No quinta-feira antes do Carnaval, já com o fato da CLSM todo pronto e reluzente, dei que teria cerca de 30 minutos do meu dia livres. Ai! E agora?!

Vou ler qualquer coisa que não seja Brazelton. Qualquer dia não sei dizer batata duas vezes, de tão estupidificada. E um copo de vinho a acompanhar. Para estupidificar.

Não, vou finalmente arranjar as sobrancelhas e este bigode que o look de Frida nem no Carnaval pegou.

Não, já sei! Vou finalmente organizar a gaveta dos fios e carregadores como aquelas que vejo no Pinterest. Sim, com o cartão dos rolos de papel higiénico e tudo.  

Pessoa normal: arruma, congratula-se e voilá. 

Mãe Patinha Neurótica: também era bom arrumar o armário por cima da TV para arranjar espaço para os álbuns de fotos da CLSM. E ainda tenho de escolher as fotos para imprimir e fazer os albuns. É melhor ir buscar a agenda - minha ini(a)miga inseparável - para apontar o que tenho de fazer. 

E se tenho de tirar as jarras do armário, tenho de baixar as prateleiras e arranjar outro espaço para as jarras. O melhor é pô-las ali no armário das bebidas.

Mas o que faz esta bebida aqui? Deveria estar na despensa. Mas o que se passa com esta dispensa, que não se consegue tirar um pacote de chá de frutos vermelhos sem levar com uma lata de atum a meio dos olhos.

Tenho de organizar isto. E ir ao supermercado.

O que eu deveria fazer era reorganizar o organizador de sacos de supermercado. Diz que agora vão ser para cima de uma fortuna. E os sacos de papel também ficariam melhor num daqueles caixotes de madeira.

Deixa-me só ir ali buscar a fita métrica para ver de que tamanho terá de ser o caixote. E já agora ver online onde é que o posso comprar.

O que é que ia buscar mesmo? Ah, a fita métrica. Mas onde é que ela está? Precisava tanto de uma caixa de costura... Na realidade precisava era de um cantinho para os meus lavores. Assim à antiga, com lugar para as máquinas, as fitas e os botões. E com rendinhas.... 

    - Ba ba ba ba ba ba (voz da professora do Charlie Brown)

    - Mas como ir embora? Eu tenho meia hora! 

     - Ba ba ba ba ba ba!

    - Como já passaram 30 minutos? Impossível!

E passaram. 

Tenho uma lista infindável de coisas para fazer. E escritas na AGENDA o que, no meu mundo, equivale aos Dez Mandamentos.

Vou tirar um dia de férias depois do Carnaval para fazer tudo. Ou quase tudo (na verdade, olhando para trás, não fiz quase nada).

E não arrumei a gaveta dos fios e dos carregadores como aquelas que vejo no Pinterest.

Beijinho da Patuda *



terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O primeiro beijo na boca

É verdade. Aconteceu.

Maria do Carmo deu o seu primeiro beijo na boca. 

Assim, sem uma apresentação, sem uma conversa fiada, sem um jantar ou pelo menos um copo.

Vai ser fresca... 

Foi hoje, dia de Carnaval, pelas 17 horas. (Não sei porquê parece-me relevante indicar o dia e as horas como se de um delito se tratasse. Ossos de ofício e não o subconsciente a trabalhar, espero).

CLSM estava disfarçada de Wonder Woman com uma mega saia de tule, porque rabos gordos de fraldas daqueles merecem uma saia de tule. 

Ele estava disfarçado de polícia, de bigode e tudo.

Poderia ser uma série do AXN inspirada na Marvel, vendo bem.

Ela brincava com o cão dele, sem lhe dar sequer o ar da sua graça. Ele estava absorto numa qualquer difícil tarefa, como são quase todas quando se tem esta idade.

Até que esta Mãe Patinha - sim, fui eu a instigadora - se lembra de dizer:

    - Dá um beijo ao menino.

Ela estica-se e em bicos de pés vai dar um beijinho na bochecha, quando ele com as suas mãozinhas sapudas lhe vira a cara e ficam assim de lábios colados pelo que pareceu uma eternidade...

Na verdade foi ternurento, inocente e de derreter o coração.

Ela sorri e diz: 

     - Xau! (esperta!)

Olho rapidamente para o papá para perguntar se ele tinha visto. E ele que não. Como não? Estás aqui ao lado e a olhar para ela. Tens de ter visto. Mas não, que não viu.

Percebem, não percebem? 

E passou o momento e eu embevecida, com o único lamento de não ter filmado.

Isto até, horas depois, ter comentado com a BFF, que simplesmente me perguntou como é que me tinha sentido.

Pois, realmente! Eu deveria ter sentido alguma coisa.

Deveria ter sentido o mundo escapar-se-me por debaixo dos pés, a terra a engolir-me, os cavaleiros do apocalipse a virem na minha direção e todas as pragas do Egipto (recuso terminantemente o "Egito") com o meu nome escrito!

É porque, afinal, eu sou a mãe que fica horas a despedir-se da roupa que já não lhe serve, a que, se ainda estivessemos nos tempos da VHS, gastaria a fita de tanto rever os vídeos de quando ela nasceu, a que olha para uma menina de 18 meses que já não é bebé e, 1 em cada 10 vezes, fica com os olhos marejados com a rapidez com que ela cresceu. Sim, eu sou a mãe que inventou o "colinho de bebé" para poder pegar em 12 kg, como se de facto ainda de uma bebé se tratasse...

Pois sou. Mas também sou a mãe que já sabe do que ela se vai vestir no próximo Carnaval, que se põe a imaginar todas as canções e coreografias (elaboradíssimas!) que vamos inventar ao longo da vida, os filmes da Disney que vamos ver, a mãe que sonha com o dia de comprar os livros e os cadernos da 1.ª classe (ok, é mais pelas canetas, mochilas e afins), a que pensa como será a conversa sobre o período, a que vibra com a excitação dela na primeira saída à noite, nos nervos do primeiro dia de faculdade, antecipa as conversas pela noite dentro regadas a vinho (eu) e a gelado (nós),a que se emociona com aquele dia em que ela percorre o altar e com o momento em que ela vai descobrir a felicidade plena de ser MÃE...

Sou uma mãe com saudades do passado - ser saudosista está-me no sangue e entranhado nos genes -  mas sempre, sempre feliz e expectante por tudo o que ainda vem.

(Neste momento, sou uma mãe com um teclado salpicado de benditas lágrimas que teimam...)

E pensando bem (enxuga, enxuga), voltando ao beijo, poderia ser bem pior. Senão, vejamos: o moço era mais velho que ela, mais alto, engraçadito, tem um cão, trabalha (é polícia, é verdade, mas ninguém pode ser perfeito!), demonstrou espírito de iniciativa e soube deixá-la ir. Nada mau!

Não? ;) 

Beijo da Patinha *


P.S. - Se algures em 2045 estiveres a ler isto, Maria do Carmo, e não tiveres frequentado a faculdade, não tenhas casado nem tido filhos e vivas numa comunidade nudista no Sul da Califórnia onde se pratica a poligamia, não faz mal. A mamã ama-te na mesma. De qualquer forma, espero que tenhas feito a 1.ª classe...


domingo, 15 de fevereiro de 2015

Verdade universal #1

Não há nenhum telemóvel de mãe intacto!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A armadilha do elogio fácil

Sim, eu sei, como todos sabemos, que os elogios aos nossos filhos devem ser dados quando merecidos e ter como objeto o esforço e o processo e nunca a criança, sob pena de os inibir no futuro, com medo de falhar e não corresponder às expetativas que sente criadas.

Sim, claro que sei que devemos dizer: "muito bem. Esforçaste-te e conseguiste!", em vez de "és tão inteligente!". 

Sim, eu sei, como todos sabemos, que estar sempre a elogiar os nossos filhos por qualquer coisa que façam, som que produzam, passo que dêem é um grande erro, daqueles mesmo crassos desssa cartilha infalível da educação que ainda ninguém escreveu.

Sim, eu sei, como todos sabemos, que isso levará a que dependam sempre de validação externa, em vez acreditarem nas suas próprias capacidades.

Sim, eu sei isso tudo. 

E eu tento, a sério que tento.

A parte de incentivar a tentativa e deixar a CLSM (coisa linda de sua mãe, para os mais distraídos) lidar com as frustrações, até não me corre mal. Não é difícil, porque sei o que está em causa. Minha santa mãezinha, cheiinha de amor e com a melhor das intenções, substituía-me em todas as coisas que não sabia/não queria fazer. (Isto aparte de tudo o que tivesse a ver com o estudo, porque essa era a minha praia, era a minha responsabilidade. Tão bem que ela esteve aqui...). Mas em tudo o resto, era fácil deixar que a mamãe tomasse conta de tudo. Não é bom.

Isso até consigo fazer. Mas a muitissimo custo! Só Deus sabe o que tenho de me contar para não ir lá encaixar aquele macaco no buraco que OBVIAMENTE é do macaco!! Eu suo, eu mordo o lábio, mas aguento-me à bronca!

Agora a outra parte, a de não me entusiasmar com tudo, essa então é do caraças! Só me apetece estar sempre a dizer-lhe que é maravilhosa, esperta, inteligente e a melhor criança deste planeta, portanto, o que todos os pais acham das suas obras.

Mas não me tinha ainda apercebido quão grave isto era, até ela começar a dizer, depois de qualquer coisa que faça, com um ar muito satisfeito:

- Boá! 

Ai, meu Deus, o que é que eu fiz?! Criei um daqueles seres odiáveis que se vangloriam por dá-cá-aquela -passa! Aqueles seres abomináveis que precisam de se afirmar por tudo?!! Nãaaaaaaaaaaaoooooo!

Momento de pânico e dúvida parental existencial!

Respira. Pensa. Mudança de atitude.

CLSM consegue fazer uma torre pela primeira vez! Mãe Patinha a ver, deixa-se explodir de orgulho e de braços levantados, batendo palmas, pulando que nem louca, entoa um sonoro:

- Razoável, meu amor! Muito razoável!!!! 

Muito melhor, não? ;)

Beijo da Patinha *


Toddlers and tiaras aqui vamos nós!!!




sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Coisa mais linda de sua mãe #2


A minha Maria do Carmo, coisa mais linda de sua mãe (doravante CLSM) não acha muita graça a bonecas e bebés chorões. No topo da sua sapiência de 18 meses, achará com certeza que o seu único propósito é servir de arma de arremesso ou boomerang. E porque não?

Por isso mesmo, qual não foi o meu espanto quando ontem pegou num bebé desses (careca e feio, por sinal), fez-lhe festinhas, deu-lhe colo e biberão, tudo com imensa calma, dedicação e graciosidade.

Escusado será dizer que esta Mãe Patinha ficou embevecida a ver tão ternurenta cena.Como está crescida a minha bebé...

Depois, CLSM, com a mesma graciosidade, pega no dito bebé, coloca-o no fogão da sua cozinha de brincar, acende-o e ouvindo o crepitar declara como um sorriso de orelha a orelha: zá tá!

Adoro!

Beijinho da Patinha *



P.S. - A foto não é da CLSM, mas retirada de um blog chamado leitinho e suor! Really?!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Portas que se abrem


Pois não há vez que não faça figura de otária ao quadrado!

Cenário: porta de um qualquer serviço ou estabelecimento. Fechada. 

Um autocolante a dar uma simples instrução: Puxe.

E pronto, começa a bater o coração mais rápido, as palmas da mão a suar e toda eu sou gelo petrificado (expressão estúpida, eu sei! Mas soa-me bem, o que se vai fazer?). A pergunta a ressoar no meu cérebro como se da proveniência de toda a vida humana se tratasse. E agora. É para dentro ou para fora?

Passado o nanosegundo, atrevo-me confiante a empurrar e oiço claramente - sim, oiço e todos ouvem, tenho a certeza - um som estridente e elefantesco como aquele que anuncia o fim do Quem Quer Ser Milionário (pelo menos acho que ainda é assim, que agora descobri que a melhor forma de evitar uma boca gigante que fala sem parar é fazer fast forward e só parar nas perguntas e respostas! Acreditam que o programa fica em 6 minutos?!)

Voltando à porta.Som de elefante.

Olho para as pessoas atrás de mim e ainda penso que vou explicar que a culpa é deste meu cérebro que se acha anglo-saxónico e a confusão do puxe e do push. Mas, para além de mentecapta, ainda vou parecer meia louca e armada em estrangeira, pecado imperdoável neste mundo português. 

Calo-me e faço cabisbaixa um sorriso amarelo. 

Volto a empurrar. Mas qual cérebro anglo-saxónico qual quê? É burra mesma!

Venho-me embora. Afinal não preciso de sair agora.

Beijinho da Patinha


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Os bloggers e o Pingo Doce

Assumo. Sou uma stalker de bloggers! É assim que começo o meu dia, a ler o que os outros escreveram e não é um mau começo de dia.

Há uns dias, achei caricato que (quase) todos os bloggers que sigo/stalk tinham decidido experimentar as refeições take away do Pingo Doce. Blogue após blogue só via Pingo Doce, em caixas de plástico com papel aderente, em pratos do dia-a-dia ou em pratos elaborados para lhe dar um ar chic, a contento e gosto dos autores dos posts. Sinceramente? Deu-me vontade para rir! 

Primeiro foi um riso daqueles à chico esperto: ah, já vos apanhei! Pensam que me enganam? 

Passado o complexo de perseguição tão luso, ri-me a imaginar o que não cairia de comentários nas ditas páginas. E tenho-me divertido com isso...

Sim, porque isto da publicidade não é um assunto sério. Não é atentatório a nenhum direito fundamental. Não é caso de vida ou morte. Não é uma tragédia de faca e alguidar. Por favor, minha gente, dêem-lhe a importância devida! Tudo bem, que todos têm uma opinião a dar, ou não estivesse eu a fazer o mesmo... Mas relativizem, por amor da Santa!!

É certo que, na minha longa carreira de blogger de 3 publicações, nunca me tive de debater com o dilema ético de fazer ou não publicidade. Nunca sequer vou saber se o meu blogue - que às vezes é blogue e outras é blog - é lido, porque nem sei onde se vê o número de visitas. Por isso, não vou queimar neurónios a ponderar sobre a hipótese.

Resta-me opinar (e sabe-se que adoro opinar) na ótica de leitora/stalker. 

Não me faz espécie. Tudo na vida é troca, é comércio, é publicidade. Mas prefiro quando é feito dentro de certos moldes, obviamente.

Gosto que contextualizem, que refiram que lhes foi oferecido, que foram convidados a conhecer. Acho mais bonito. Mais sincero, mais transparente.

E quem não o faz? Deve arder no nono círculo Dantesco? Deve ser banido ad eternum da blogoesfera? Não faço ideia, nem quero saber. Adiciono esse facto à lista de impressões que me levarão a formar uma opinião sobre a pessoa, o quê e como narra, descreve e divulga daí para a frente. E só isso!

E, na verdade, acho que esse é o problema fulcral: a falta de ideias próprias! Mas isto é tudo uma cambada de Maria Vai com As Outras (saudades tuas, minha avó)? Apesar de preferir que o refiram, só um acéfalo não percebe que aqueles produtos são oferecidos e os bloggers pagos.

E, como é óbvio, a publicidade e o marketing têm de adotar novas estratégias. Quem é que, na era das boxes e gravações automáticas se põe a ver anúncios de televisão? Acho que o último que vi ainda o rosa e o vermelho não se podiam combinar. Era um big no no! E o product placement nos filmes e séries? Vamos deixar de os ver à conta disso? Certo que há uns mais bem feitos que outros. A cena do Bridget Jones em que param o carro na neve para mudarem de condutor e, por acaso, faz-se um grande plano do carro durante 10 segundos é deplorável? É, sim senhora! E nem por isso eficaz, porque não sei dizer a marca do dito carro nem para salvar a vida! Mas e depois?  

Ah, mas estes textos dos blogues são intimistas e cria-se uma relação especial com quem escreve e blá blá blá buhu, como li num comentário à publicação do homem sem blogue. E então, a ligação que temos com uma pessoa, faz com que o que seja proferido vire dogma? Se a minha melhor amiga faz um comentário sobre um restaurante que gosta (estou em crer que não será paga!), vou experimentar - se me apetecer - para ver se gosto. Ah, mas ela não tem ligação comercial a esse restaurante. Até pode ter, porque pode estar a falar do restaurante da cara metade. E aí? Ai, meu Deus o que é que eu faço? Ah, sim, vou experimentar - se me apetecer - para ver se gosto.

Em suma, entendam, assimilem, pensem, filtrem e RELATIVIZEM! 

Beijos da Patinha

P.S. - Junto uma foto do take away do Continente na esperança que a concorrência me faça chegar alguma coisa a casa...


 




terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Coisa mais linda de sua mãe #1

E pronto, queria um blog à força toda. Foi o meu presente de Natal de mim para mim e fiquei felicissima com ele. Obviamente que, na capacidade de eterna  infoexcluída, criar um blogue era assim em tudo semelhante a tocar acordeão só com uma mão a fazer o pé coxinho. Ok, ainda tentei durante uns agonizantes 37 minutos. O blogue, não o pé coxinho. E pensei: bem, não sabes fazer, pagas a quem sabe (adoro este raciocínio!). Levei vinte anos a escolher um template no Etsy que me enchesse os olhos, et voilá, saiu este, por sinal bem jeitoso, daqui.

Comprei o dito template e estava absolutamente convicta que o saberia instalar. Escusado será dizer que esta doce alienação durou 3 segundos após abrir os ficheiros... Toca a pensar como fui boazinha este ano e, na qualidade de mandatária do Pai Natal, comprar também o pacote de instalação e ficar sentada à espera que me viesse parar às mãos já todo arranjadito. Ah, assim sim, estou pronta para começar!

Um dia... 3 dias....1 semana....4 semanas.... e nada. Nem uma letrinha despejei neste meu presente de Natal. Se é verdade que a "opção opinião" foi distribuída por todas as pessoas, algures num momento anterior à Criação, tenho a certeza que enganei uns quantos para ficar com tantas em carteira. E histórias para contar que eu tenho? Às centenas! Então qual é o teu problema, mulher?! Escreve alguma coisa, raios!

E então lembrei-me: qual o assunto que nunca esgota, que nunca cansa? Uma dica: é aquele assunto que faz os olhos da mãe, do pai, dos avós, tios e tias brilhar e os olhos de todo o resto da humanidade revirar (mentalmente!) em agonia. Chegaram lá? Ah, pois é, a Pimpolha! 

A minha Pimpolha, A.K.A. Maravilha da Natureza, chama-se Maria do Carmo. E não, não foi por moda. Raio de ideia de tudo o que é bebé chamar-se assim agora, como se estas alminhas não tivessem mais ideias. É que já há uns livrinhos com nomes para crianças. O nome é o de minha Santa Mãe, que bem merece a homenagem. E não, não é Carminho (sabiam que isto agora também já é nome? De registo, no papel, imagine-se!). E não é Mimi, não é Minho, nem mais nada. É Maria do Carmo. Ou Mamama, como ela diz.

Tem 18 meses, a caminho dos 18 anos...

E a Maria do Carmo é maravilhosa, para além do que eu possa algum dia dizer. Mas não é por isso que vou deixar de o tentar fazer, por isso, muita letra vou debitar neste teclado. Mas por hoje fica a foto, que me faz querer apertar aquelas bochechas lindas de sua mãe...

E então, esses olhos, já reviraram? ;)

Beijinho da Patinha


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Bem vindos a um bocadinho de mim

Olá, sou a Filipa e esta é a minha estreia no mundo dos blogs! 

Completamente alheia a esta realidade até há bem pouco tempo, foi a maternidade que me aguçou o bichinho blogueiro! Pois, exatamente, nessa fase em que andamos às cegas, só com 1 certeza - que amamos como nunca e que será cada vez mais e mais intenso- e 3 milhões de dúvida - todas as outras coisas!

E achei tão curioso como me senti apoiada, como me revia no que me contavam e como, de uma forma tão anónima, senti que tinha "amigas" que estavam no mesmo barco que eu! Ria e chorava (ok, as hormonas from hell também ajudaram!) a ler textos de gente que nunca vi na vida, senão na foto maravilhosamente favorecedora e/ou photoshopada, mas que, de uma certa forma estranha, passaram a fazer parte do meu dia-a-dia...

E, claro, de blogs de maternidade, passei para outros blogs - porque isto ninguém é unidimensional -  e descobri que, afinal, isto está pejadito de gente interessante!! E pensei: porra! (sim, este é um blog com palavrões moderados!) se eu quero tanto comentar, e Deus sabe que tenho uma opinião sobre tudo e mais alguma coisa, porquê chatear sempre os mesmos tristes coitados que são obrigados a ouvi-las? Vou mas é chatear a Internet!

 E cá estou eu:

Tenho 35 anos - tive de pensar um bocadinho -, sou mãe de uma maravilha da Natureza nascida em Julho de 2013 e que completou agora 18 meses, 1 ano e meio em linguagem de não pais, e que é indiscutivelmente - indiscutivelmente, perceberam bem? ;) - a criança mais maravilhosa, amorosa, engraçada e divertida que alguma vez já existiu! E sim, é minha!! :)

Além disso, sou mulher de um Super Gato que é o meu pilar, a minha rocha, o meu Norte, que me faz rir, passados 17 anos (toda uma vida, eu sei!), a bandeiras despregadas e que me faz acalmar os turbilhões internos com um simples abraço. A sério, resultado garantido! Eu deveria era alugar este homem como ansiolítico.

Sou ainda filha de 2 seres maravilhosos que o destino me deu de presente, que me tiveram, amaram, criaram, moldaram e que fazem  com que deseje, todos os dias sem exceção, fazê-los orgulhosos! E avós babados sem fim! 

De resto, sou jurista, artista de manualidades - neologismo e neogosto - atriz aqui e ali e eterna curiosa de coração! Ai, a piroseira desta frase...

E este blog será, durante o tempo que durar - já aprendi a lidar com os meus interesses como quem lida com as paixões de Verão -  o reflexo disto tudo! Será vivo, cheio de pontos de exclamação, travessões e parêntesis, sobre tudo e sobre nada, com péssimas fotos, com textos desarrumados e desconectados, cheio de estrangeirismos (é mais forte que eu..), mas sempre, sempre honesto! Até porque, escrevendo por aqui o que ninguém lê, vou poupar um balde de dinheiro na psicoterapia...

E c'est ça! Está feito o meu primeiro post! (Toma, dois estrangeirismos, dois pontos de exclamação e um parêntesis numa só frase! Se eu não sou coerente?!)

Beijo da Patinha *