segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Psssstttt....




Tenho uma coisa para vos contar.

Uma novidade. 

Estão preparados? 

Muito bem, conto amanhã.

Acham que não ia fazer charme e suspense? Era bom de se ver, agora...

Posso é levantar a pontinha do véu e dizer que se trata de uma colaboração maravilhosa que andei aqui a engendrar.

A Mãe Patinha esteve ausente, mas não morta.

Me aguardxi.... 

(resquícios dos meus tempos de telespetadora de novela brasileira)


Beijo da Patinha *

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Dessa coisa de largar as fraldas




Tinha já marcado no calendário há uns tempos. Tinha inevitavelmente de ser cumprido .

Este fim-de-semana ficámos os três de molho em casa, numa maratona para a CLSM largar as fraldas.

Ela fez dois anos a semana passada. Diz que está na altura. Mas mais até porque começou a fazer alergia à fralda. Provavelmente porque agora vivemos no Inferno. 

Porque eu gosto de fraldas. Gosto. Querem coisa mais prática?

Lá terá a triste piquena  de aprender a arte milenar do aguenta enquanto podes e do shake shake shake signora porque não há papel higiénico, quando já não dá para aguentar.

Identificada a questão, agendei, consultei teorias, pensei e delineei estratégia.

Optei pela abordagem hardcore. Só podia. O tudo ou nada.

Bare bottom, que é como quem diz à descarada e de rabo à léu, dois dias inteiros. Em casa. 

Só nós e aquilo. O bacio.

E xixi. Muito xixi. 

E cocó. Sim, também houve cocó. Meio fora, meio dentro do bacio. Poderia ser pior.

Estava convicta que não iria ser fácil. 

Para ela, porque não gosta de estar nua, porque não gosta de falhar - mas vais ter de aprender, meu repolho - e porque interioriza as regras como se dogmas se tratassem.

Para mim, porque sabia que iria ter pouca paciência.

Na verdade pensei que poderia ser genético. É célebre a palmada - a única - que a minha mãe, esse monumento à paciência, me deu quando estava nesta fase e insistia em levantar-me do bacio e fazer ao lado. 

Eu sabia que iria mexer-me com os nervos.

E mexeu um bocadinho. Ao décimo incidente continuar a sorrir, dar um beijo, dizer que para a próxima será melhor e que não faz mal. Não faz mal? FAZ MAL ter a casa toda cheia de xixi. FAZ MAL correr para o bacio trinta vezes para acertar duas. FAZ MAL quereres ir exatamente quando acabei de me sentar. Novamente.

Berrei isto na minha cabeça uma vez. Ah, e revirei os olhos muitas vezes, quando ela não estava a ver.

Mas afinal foi só isso. 

E ri-me. 

Ri-me muito quando vi a cara de pânico que fez quando viu pela primeira vez o seu cocó. Pensava talvez que expelia rosas. Fedorentas, mas rosas, contudo.

Ri-me muito quando ela estava a beber água e comecei a sentir a água no meu pé.  Mas como é que ela está a beber a água e me está a chegar ao pé? Ri-me porque demorei algum tempo a perceber que não era água. 

Ri-me porque estávamos os três, porque chapinhou na piscina do peixe, porque fez chá e sumo de gelatina - dá para ver que alguém gosta de gelatina? - na sua cozinha nova,  porque adorou os autocolantes que ganhava cada vez que conseguia ir ao bacio, porque brincámos, porque construímos e destruímos torres, porque brincámos a rebolar na cama. Porque fomos felizes.

E já recebi o feedback desta manhã por parte da avó Cissi:

Bacio - 7

Chão -1

Nada mau! 

Ai, que a minha menina já é uma menina.


Beijo da Patinha *