quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Portas que se abrem


Pois não há vez que não faça figura de otária ao quadrado!

Cenário: porta de um qualquer serviço ou estabelecimento. Fechada. 

Um autocolante a dar uma simples instrução: Puxe.

E pronto, começa a bater o coração mais rápido, as palmas da mão a suar e toda eu sou gelo petrificado (expressão estúpida, eu sei! Mas soa-me bem, o que se vai fazer?). A pergunta a ressoar no meu cérebro como se da proveniência de toda a vida humana se tratasse. E agora. É para dentro ou para fora?

Passado o nanosegundo, atrevo-me confiante a empurrar e oiço claramente - sim, oiço e todos ouvem, tenho a certeza - um som estridente e elefantesco como aquele que anuncia o fim do Quem Quer Ser Milionário (pelo menos acho que ainda é assim, que agora descobri que a melhor forma de evitar uma boca gigante que fala sem parar é fazer fast forward e só parar nas perguntas e respostas! Acreditam que o programa fica em 6 minutos?!)

Voltando à porta.Som de elefante.

Olho para as pessoas atrás de mim e ainda penso que vou explicar que a culpa é deste meu cérebro que se acha anglo-saxónico e a confusão do puxe e do push. Mas, para além de mentecapta, ainda vou parecer meia louca e armada em estrangeira, pecado imperdoável neste mundo português. 

Calo-me e faço cabisbaixa um sorriso amarelo. 

Volto a empurrar. Mas qual cérebro anglo-saxónico qual quê? É burra mesma!

Venho-me embora. Afinal não preciso de sair agora.

Beijinho da Patinha


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Os bloggers e o Pingo Doce

Assumo. Sou uma stalker de bloggers! É assim que começo o meu dia, a ler o que os outros escreveram e não é um mau começo de dia.

Há uns dias, achei caricato que (quase) todos os bloggers que sigo/stalk tinham decidido experimentar as refeições take away do Pingo Doce. Blogue após blogue só via Pingo Doce, em caixas de plástico com papel aderente, em pratos do dia-a-dia ou em pratos elaborados para lhe dar um ar chic, a contento e gosto dos autores dos posts. Sinceramente? Deu-me vontade para rir! 

Primeiro foi um riso daqueles à chico esperto: ah, já vos apanhei! Pensam que me enganam? 

Passado o complexo de perseguição tão luso, ri-me a imaginar o que não cairia de comentários nas ditas páginas. E tenho-me divertido com isso...

Sim, porque isto da publicidade não é um assunto sério. Não é atentatório a nenhum direito fundamental. Não é caso de vida ou morte. Não é uma tragédia de faca e alguidar. Por favor, minha gente, dêem-lhe a importância devida! Tudo bem, que todos têm uma opinião a dar, ou não estivesse eu a fazer o mesmo... Mas relativizem, por amor da Santa!!

É certo que, na minha longa carreira de blogger de 3 publicações, nunca me tive de debater com o dilema ético de fazer ou não publicidade. Nunca sequer vou saber se o meu blogue - que às vezes é blogue e outras é blog - é lido, porque nem sei onde se vê o número de visitas. Por isso, não vou queimar neurónios a ponderar sobre a hipótese.

Resta-me opinar (e sabe-se que adoro opinar) na ótica de leitora/stalker. 

Não me faz espécie. Tudo na vida é troca, é comércio, é publicidade. Mas prefiro quando é feito dentro de certos moldes, obviamente.

Gosto que contextualizem, que refiram que lhes foi oferecido, que foram convidados a conhecer. Acho mais bonito. Mais sincero, mais transparente.

E quem não o faz? Deve arder no nono círculo Dantesco? Deve ser banido ad eternum da blogoesfera? Não faço ideia, nem quero saber. Adiciono esse facto à lista de impressões que me levarão a formar uma opinião sobre a pessoa, o quê e como narra, descreve e divulga daí para a frente. E só isso!

E, na verdade, acho que esse é o problema fulcral: a falta de ideias próprias! Mas isto é tudo uma cambada de Maria Vai com As Outras (saudades tuas, minha avó)? Apesar de preferir que o refiram, só um acéfalo não percebe que aqueles produtos são oferecidos e os bloggers pagos.

E, como é óbvio, a publicidade e o marketing têm de adotar novas estratégias. Quem é que, na era das boxes e gravações automáticas se põe a ver anúncios de televisão? Acho que o último que vi ainda o rosa e o vermelho não se podiam combinar. Era um big no no! E o product placement nos filmes e séries? Vamos deixar de os ver à conta disso? Certo que há uns mais bem feitos que outros. A cena do Bridget Jones em que param o carro na neve para mudarem de condutor e, por acaso, faz-se um grande plano do carro durante 10 segundos é deplorável? É, sim senhora! E nem por isso eficaz, porque não sei dizer a marca do dito carro nem para salvar a vida! Mas e depois?  

Ah, mas estes textos dos blogues são intimistas e cria-se uma relação especial com quem escreve e blá blá blá buhu, como li num comentário à publicação do homem sem blogue. E então, a ligação que temos com uma pessoa, faz com que o que seja proferido vire dogma? Se a minha melhor amiga faz um comentário sobre um restaurante que gosta (estou em crer que não será paga!), vou experimentar - se me apetecer - para ver se gosto. Ah, mas ela não tem ligação comercial a esse restaurante. Até pode ter, porque pode estar a falar do restaurante da cara metade. E aí? Ai, meu Deus o que é que eu faço? Ah, sim, vou experimentar - se me apetecer - para ver se gosto.

Em suma, entendam, assimilem, pensem, filtrem e RELATIVIZEM! 

Beijos da Patinha

P.S. - Junto uma foto do take away do Continente na esperança que a concorrência me faça chegar alguma coisa a casa...


 




terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Coisa mais linda de sua mãe #1

E pronto, queria um blog à força toda. Foi o meu presente de Natal de mim para mim e fiquei felicissima com ele. Obviamente que, na capacidade de eterna  infoexcluída, criar um blogue era assim em tudo semelhante a tocar acordeão só com uma mão a fazer o pé coxinho. Ok, ainda tentei durante uns agonizantes 37 minutos. O blogue, não o pé coxinho. E pensei: bem, não sabes fazer, pagas a quem sabe (adoro este raciocínio!). Levei vinte anos a escolher um template no Etsy que me enchesse os olhos, et voilá, saiu este, por sinal bem jeitoso, daqui.

Comprei o dito template e estava absolutamente convicta que o saberia instalar. Escusado será dizer que esta doce alienação durou 3 segundos após abrir os ficheiros... Toca a pensar como fui boazinha este ano e, na qualidade de mandatária do Pai Natal, comprar também o pacote de instalação e ficar sentada à espera que me viesse parar às mãos já todo arranjadito. Ah, assim sim, estou pronta para começar!

Um dia... 3 dias....1 semana....4 semanas.... e nada. Nem uma letrinha despejei neste meu presente de Natal. Se é verdade que a "opção opinião" foi distribuída por todas as pessoas, algures num momento anterior à Criação, tenho a certeza que enganei uns quantos para ficar com tantas em carteira. E histórias para contar que eu tenho? Às centenas! Então qual é o teu problema, mulher?! Escreve alguma coisa, raios!

E então lembrei-me: qual o assunto que nunca esgota, que nunca cansa? Uma dica: é aquele assunto que faz os olhos da mãe, do pai, dos avós, tios e tias brilhar e os olhos de todo o resto da humanidade revirar (mentalmente!) em agonia. Chegaram lá? Ah, pois é, a Pimpolha! 

A minha Pimpolha, A.K.A. Maravilha da Natureza, chama-se Maria do Carmo. E não, não foi por moda. Raio de ideia de tudo o que é bebé chamar-se assim agora, como se estas alminhas não tivessem mais ideias. É que já há uns livrinhos com nomes para crianças. O nome é o de minha Santa Mãe, que bem merece a homenagem. E não, não é Carminho (sabiam que isto agora também já é nome? De registo, no papel, imagine-se!). E não é Mimi, não é Minho, nem mais nada. É Maria do Carmo. Ou Mamama, como ela diz.

Tem 18 meses, a caminho dos 18 anos...

E a Maria do Carmo é maravilhosa, para além do que eu possa algum dia dizer. Mas não é por isso que vou deixar de o tentar fazer, por isso, muita letra vou debitar neste teclado. Mas por hoje fica a foto, que me faz querer apertar aquelas bochechas lindas de sua mãe...

E então, esses olhos, já reviraram? ;)

Beijinho da Patinha