É impossível, completamente impossível, ver um pai ou uma mãe na rua, no jardim, numa loja ou num supermercado a fazer, dizer, pedir ao seu filho o que quer que seja e não julgar. Não achar que o pai/mãe fez bem ou mal, que disse o correto, que usou ou não o melhor tom, que foi ou não razoável.
Se é ou não um bom pai ou mãe.
É impossível.
Bem, pelo menos para mim é impossível.
E tantas vezes apetece-me dizer, censurar ou simplesmente levantar-me e dar uma estalada ao pai ou à mãe. Porque se ensinam às crianças que a violência é um modo de estar, em abono da coerência, também devem levar com ela.
E não faço nada. Obviamente.
Mas tantas ou mais vezes também me apetece aplaudir, inspirar-me.
E não faço nada. Obviamente.
Porque na verdade não tenho nada a ver com a vida de ninguém. Mas não deixo de ter opinião.
Porque na verdade não tenho nada a ver com a vida de ninguém. Mas não deixo de ter opinião.
Seja como for, sabe-me sempre a pouco.
E depois fez-se luz. Ó milher, então tu não tens um blog?
Escreve, escreve.
E pronto, assim se inicia uma rubrica (ai, fina!) onde posso dizer tudo o que penso sobre episódios de parentalidade que vejo por aqui ou por ali e que ou me fazem ferver o sangue ou derreter a alma.
Chamei-lhe pais maravilhosos/pais horrorosos.
Eu sei que a palavra "horrorosos" é pesadíssima e muitas vezes será injustamente aplicada. Porque um momento a que eu assista não define o pai/mãe, que pode estar simplesmente muito cansado(a), num mau dia ou o que mais quer que seja.
É verdade. Eu sei.
Mas é que horroroso rima com maravilhoso. E eu não resisto a uma rima.
Beijo da Patinha *
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